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sábado, 21 de novembro de 2009


CRISTIANISMO X ESPIRITISMO – Parte 1


A BÍBLIA COMO PROVA FUNDAMENTAL

O cristão consciente de sua fé não aceita o Espiritismo. Por quê?


Gálatas 1:8 - "Mas, ainda que nós mesmos ou um anjo do céu pregue um evangelho diferente daquele que lhes pregamos, que seja amaldiçoado!"

Marcos 16:15-16 “E Jesus disse-lhes: Vão pelo mundo todo e preguem o evangelho a todas as pessoas. Quem crer e for batizado será salvo, mas quem não crer será condenado”.

II Cor 5:7 "Porque vivemos pela fé, e não pelo que vemos."

Só compreende a profunda oposição, o grande abismo que existe entre a Fé Cristã e o Espiritismo, quem fizer uma comparação séria entre o ensinamento cristão e o ensinamento dos espíritas.

RESUMO HISTÓRICO DO ESPIRITISMO

Em sua forma moderna, como hoje é conhecido, o seu ressurgimento se deve a duas jovens norte-americanas, Margaret e Kate Fox (as irmãs Fox), de Hydeville, Estado de Nova Iorque, nascidas em 1848. Antes delas, outras pessoas tiveram algumas experiências com os espíritos na Europa e em outros países, como o alemão Franz Mesmer, o espanhol Gerard Encause – mais conhecido como “Papus” , a belga Alexandra David-Neel e o sueco Emmanuel Swendenborg.

Além desses, também contribuíram bastante para a expansão do espiritismo moderno Alexandre Cagliostro e Elifas Levi. O primeiro assombrou Paris com a prática do ocultismo das mais diferentes formas, desde a necromancia (consulta aos mortos) até a oniromancia, a arte de prever o futuro através dos sonhos. Elifas tornou-se muito conhecido pela prática do curandeirismo e por pertencer a uma família de judeus fundadores de sociedades secretas.

Entretanto, a prática do espiritismo ganhou impulso e expandiu-se pelo mundo graças a Leon Hippolyte Denizat Rivail, conhecido como Allan Kardec, que reuniu todas as informações possíveis sobre o assunto e organizou um código até hoje utilizado como regra de fé e prática pelos kardecistas.

Tudo começou com uma brincadeira das meninas, Magie e Kate, ambas com 12 e 10 anos, respectivamente, começaram a ouvir pancadas em diferentes pontos da casa onde moravam. Segundo elas, lençóis começaram a ser arrancados das camas por mãos invisíveis, cadeiras e mesas eram tiradas dos seus lugares, e uma “mão” fria tocou no rosto de uma das meninas, então alegaram ser fenômenos sobrenaturais. Aproveitando a oportunidade do aparecimento desses estranhos ruídos ouvidos durante a noite na casa em que moravam, aliada ao boato de que um homem havia sido assassinado e sepultado na adega que ficava no porão da residência, a partir daí, elas criaram um meio de comunicar-se com o suposto espírito, autor dos ruídos e dos “fenômenos”, que respondia às perguntas com um determinado número de pancadas.

Naquela época havia um interesse muito grande pelos fenômenos sobrenaturais e muito supersticionismo. Como as pessoas atribuíam o barulho “inexplicável “ na casa dos Fox ao fantasma do homem assassinado, não causou espanto a rapidez com que correu a notícia de que as meninas estavam falando com o morto. Logo, grande número de pessoas aglomerava-se no interior para presenciar o inusitado acontecimento.

Mais tarde, ao se “profissionalizarem”chamaram a atenção da grande imprensa norte-americana, em Nova Iorque.

Seis anos depois, o espiritismo praticado pelas jovens chegava à Europa através de pessoas que também se consideravam médiuns. Alemanha, França, Itália, Inglaterra e Espanha foram os primeiros países europeus a conhecerem a nova fenomenologia.

Os espíritas chegavam fazendo as mesas levantarem-se e moviam-nas em todas as direções; perguntas eram “respondidas” pelos mortos, alimentando a euforia dos crédulos e incautos. Em 1887, as bancas de jornal e livrarias americanas estavam abarrotadas de literatura abordando o assunto pelos mais diversos ângulos.

Em 1888, 40 anos depois de iniciarem aquela aparentemente inocente brincadeira, as irmãs Fox vieram a público para desmentir os fenômenos. Explicaram como tudo aconteceu, enfatizando que não passara de uma farsa. Entretanto, era tarde demais. O movimento havia crescido demasiadamente. Além disso, muitos haviam aplicado e ganhado milhares de dólares com a história, pouco importando se ela fosse verdadeira ou falsa.

Nem Magie e nem Kate conheceram a felicidade ou tiveram paz durante suas vidas. Ainda muito novas perderam-se no alcoolismo, que acabou por matá-las, uma em 1892 e a outra no ano seguinte.

O ESPIRITISMO KARDECISTA

Uma Pequena Definição:

Hippolyte Denizat Rivail, nascido de pais católicos, em Lyon, na França, em 1804, adotou o nome de Allan Kardec depois de uma sessão espírita, onde lhe revelaram que era a reencarnação de um poeta com esse nome, que viveu na região da Gália no tempo do povo celta.

Foi o responsável pela maior forma do espiritismo praticado hoje, tanto que o modelo passou a ser conhecido como “espiritismo kardecista”. Dizia ter recebido a missão de pregar uma nova religião, que começou a fazer a 30 de abril de 1856.

Um ano depois, publicou O Livro dos Espíritos, que muito contribuiu para a propaganda espiritista. De 1861 a 1867, publicou 4 livros: Livro dos Médiuns, O Evangelho segundo o Espiritismo, Céu e Inferno e Gênesis. Fundou a revista espírita e morreu em 1869.

PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS DO KARDECISMO

Seguem algumas características desta religião.

1) A principal característica do espiritismo kardecista é o sectarismo. Seus seguidores acreditam ser os “verdadeiros” espíritas considerando os cultos afros como folclore e outras formas de espiritismo como filosofia;

2) Para eles, os ensinamentos de Jesus são de ordem moral, algo para ser observado como regra de conduta e não como imperativo de salvação;

3) Evitam o confronto aberto com outras formas de religião, principalmente o cristão protestante, que chamam de fundamentalista;

OBS: Fundamentalista é aquele que impõe a sua verdade ou a verdade em que acredita aos outros através de coerção ou violência, daí os radicais islâmicos (xiitas), o grupo IRA formado por radicais católicos na Irlanda, radicais palestinos como o Hamas.

4) Pregam o ecumenismo irrestrito, desde que haja harmonia e tolerância religiosa.

Isso quer dizer que os demais devem abrir mão de suas convicções, embora sejam eles a se considerarem tolerantes;

5) O sincretismo religioso. A doutrina kardecista contém elementos de várias correntes de pensamentos e ideologias, do cristianismo ao budismo, passando pelo hinduísmo, teosofia, bramanismo e outras formas de esoterismo.

A mistura resulta num fraco sistema doutrinário, que deseja fundamentar-se no evangelho mas prega a reencarnação, para eles Deus é um ser intangível e suas petições são atendidas pelos espíritos evoluídos e, na impossibilidade de concederem a graça, são intermediários entre o suplicante e Deus. Esse fundamento surge em função do karma (ou lei da causa e efeito) colocado acima do próprio Deus, ou seja, se está determinado que o homem passe por determinada provação nem Deus poderá livrá-lo.

Embora prefiram chamar Lei da Causa e Efeito, procurando diferenciar do correspondente hindu, que acreditam ser discriminatória e parcial, o Karma tem o mesmo objetivo: cobrar do indivíduo o pagamento das faltas cometidas em vidas anteriores. Sem a lei do karma ou causa e efeito seria impossível a crença na reencarnação. Sendo o alicerce da crença kardecista é obrigatória a sua incorporação no conjunto doutrinário elaborado por Allan Kardec.

Para uma religião que pretenda falar com os espíritos, nada mais correto do que optar pela reencarnação como meio de justificação do homem diante de Deus. Com isso, os praticantes do espiritismo estão satisfeitos e procuram fazer o possível para diminuir o máximo das culpas para a próxima reencarnação, o que deverá acontecer até a purificação total. Ao atingir este estágio, o espírito não mais precisará reencarnar-se, tornando-se ministrador do bem através da orientação e ensino para a evolução da humanidade.

6) Não existe céu e inferno, para eles existem os mundos dos espíritos que são como a Terra em versão melhorada.

7) Apesar da estudiosa e pesquisadora espírita, Ivone Castellan, em sua obra o Espiritismo, p.53 garantir que o espírito não guarda lembrança exata das provações anteriores, apenas adquire mais experiência(...), os kardecistas acham que os espíritos escolhem o tipo de provação por que desejam passar na próxima reencarnação para expiarem suas culpas.

KARDECISMO EM RESUMO

Possibilidade de comunicação com os espíritos desencarnados;

Crença na reencarnação;

Crença de que ninguém pode impedir o homem de sofrer as conseqüências dos seus atos;

Crença na pluralidade dos mundos habitados;

A caridade é virtude única, aplicada tanto aos vivos como aos mortos;

Deus, embora exista, é um ser impessoal, habitando um mundo longínquo;

Mais perto dos homens estão os “espíritos-guias”;

Jesus foi o tipo mais perfeito que Deus tem oferecido ao homem para lhe servir de guia e modelo moral na observação das leis divinas e naturais (segundo Guillon Ribeiro, um dos maiores expoentes do kardecismo no Brasil);

Jesus é um modelo ideal da perfeição moral, um depositário da sabedoria divina e o mestre por excelência no ensinamento da lei de Deus. Crêem assim e afirmam que “por sua bondade e pureza, Jesus recebeu em si o Espírito do próprio Deus”;

A evolução do espírito depende exclusivamente de seus méritos pessoais, que são acumulados através de sucessivas reencarnações;

Existe o Perispírito.

A palavra perispírito, que também já foi usada pelo padre Kevedo quando apresentava matérias no Fantástico, significa “a volta de” ou “o que envolve”. Seria uma substância imaterial que envolve o espírito ou está em volta dele. É também chamado corpo astral, ectoplasma ou corpo fluídico da alma.

Segundo Arthur Conan Doyle, em seu livro A História do Espiritismo, pg. 337, o perispírito é um denso vapor semiluminoso que flui do lado ou da boca do médium. Resumindo, o perispírito “protege” o espírito. Liga o espírito ao corpo e desliga-se deste na ocasião da morte, mas não se desliga do espírito.

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